Assustadoras Cantigas de Ninar

cuca1

     Recebi esse email ha muito tempo atras e achei muito interessante, por isso estou publicando aqui tambem. Passei por problema semelhante depois de ensinar a Gianna, de 4 anos, a cantar a musica do boi da cara preta, tive que traduzir a musica para a mae dela, que ficou me olhando com cara de espanto, haha, Lembro-me tambem que minha sobrinha mais velha tinha medo dessa cuca da foto acima. Vale a pena ler!

     Eu, um brasileiro morando nos Estados Unidos da América, para ajudar no orçamento, estou fazendo “bico” de babá. Ao cuidar de uma das meninas uma vez cantei “Boi da cara preta” para ela, antes dela dormir. Ela adorou e essa passou a ser a música que ela sempre pede para eu cantar ao colocá-la para dormir. Antes de adotarmos o “boi, boi, boi” como canção de ninar, a canção que cantávamos (em Inglês) dizia algo como:
“Boa noite, linda menina, durma bem.
Sonhos doces venham para você,
Sonhos doces por toda a noite.”

(Que lindo, não é mesmo!?)
     Eis que um dia Mary Helen me pergunta o que as palavras da música “Boi da cara preta” queriam dizer em Inglês. “Boi, boi, boi, boi da cara preta, pega essa menina que tem medo de careta” (???)
     Como eu ia explicar para ela e dizer que, na verdade, a música “boi da cara preta” era uma ameaça, era algo como “dorme logo, caramba, senão o boi vem te comer”? Como explicar que eu estava tentando fazer com que ela dormisse com uma música que incita um bovino de cor negra a pegar uma cândida menina? Claro que menti para ela, mas comecei a pensar em outras canções Infantis, pois não me sentiria bem ameaçando aquela menina com um temível boi toda noite...
     Que tal “nana neném que a cuca vai pegar...”? Caramba! Outra ameaça!
Agora com um ser ainda mais maligno que um boi preto!
     Depois de uma frustrante busca por uma canção infantil do folclore Brasileiro que fosse positiva me deparei com a seguinte situação: O brasileiro tem trauma de infância! Trauma causado pelas canções infantis! Exemplificarei minha tese:
”Atirei o pau no gato-to-to, mas o gato-to-to não morreu-reu-reu
Dona Chica-Ca-Ca admirou-se-se, do berrô, do berrô que o gato deu Miaaau!”
     Para começar, esse clássico do cancioneiro infantil é uma demonstração clara de falta de respeito aos animais (pobre gato) e incitação à violência e a crueldade. Por que atirar o pau no gato, essa criatura tão indefesa? E para acentuar a gravidade, ainda relata o sadismo dessa mulher sob a alcunha de “Dona Chica”. Uma vergonha!"
”Eu sou pobre, pobre, pobre,
De marré, marré, marré.
Eu sou pobre, pobre, pobre,
De marré de si.
Eu sou rica, rica, rica,
De marré, marré, marré.
Eu sou rica, rica, rica,
De marré de si.”
     Colocar a realidade tão vergonhosa da desigualdade social em versos tão doces!! É impossível não lembrar do amiguinho rico da infância com um carrinho fabuloso, de controle remoto, e você brincando com seu carrinho de plástico... Fala sério!!!
“Vem cá, Bitu! Vem cá, Bitu!
Vem cá, meu bem, vem cá!
Não vou lá! Não vou lá, Não vou lá!
Tenho medo de apanhar.” 
    Quem foi o adulto sádico que criou essa rima? No mínimo ele espancava o pobre Bitú...
“Marcha soldado, cabeça de papel!
Quem não marchar direito, Vai preso pro quartel.”
     De novo, ameaça! Ou obedece ou você vai se dar mal... Não é à toa que o brasileiro admite tudo de cabeça baixa...
“A canoa virou, quem deixou ela virar,
Foi por causa da (nome de pessoa) que não soube remar.”
     Ao invés de incentivar o trabalho de equipe e o apoio mútuo, as crianças brasileiras são ensinadas a dedurar e a condenar um semelhante. Bate nele, mãe!
“Samba-lelê tá doente,
Tá com a cabeça quebrada.
Samba-lelê precisava
É de umas boas palmadas.”
     A pessoa, conhecida como Samba-lelê, encontra-se com a saúde debilitada e necessita de cuidados médicos. Mas, ao invés de compaixão e apoio,a música diz que ela precisa de palmadas!
Acho que o Samba-lelê deve ser irmão do Bitú...
“O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou.
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou...”
     Como crescer e acreditar no amor e no casamento depois de ouvir essa passagem anos a fio???
“O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada;
O cravo saiu ferido
E a rosa despedaçada.
O cravo ficou doente,
A rosa foi visitar;
O cravo teve um desmaio,
A rosa pôs-se a chorar.”
     Desgraça, desgraça, desgraça! E ainda incita a violência conjugal (releia a primeira estrofe).
Precisamos lutar contra essas lembranças, meus amigos! Nossos filhos merecem um futuro melhor!
     Ah!!! Você esqueceu desta:
”Passa, passa três vezes... A última que ficar tem mulher e filhos que não pode sustentar...”
     (Aí começa o desemprego).

7 comentários:

Unknown disse...

Pois é, mas os brasileiro tem desta ne´? cantam sem saber o que estão cantando... até mesmo em portugues, não se dão conta do que cantam..

Lilian Burba disse...

Tava pensando nisso ontem, ate vou escrever um post sobre isso em breve. Pior q nao eh so brasileiro. Que coisa nao?

Nayara disse...

Por isso que vem o funk. Kkkkkkkkkkkk

Luizane disse...

Mas o problema é aqui é o Brasil e esse país por si, já tem um passado sombrio essas músicas são de um tempo de dor, sofrimento, escravidão e tortura e as crianças de hoje não devem ser tão poupados assim quanto meis que esse Brasil ainda não tem nada de tão bom a oferecer e quem quiser acreditar em um USA de contos de fada acredite porque esse mentira pra mim não cola

Lovely disse...

Mas para falar a verdade algumas musicas infantis em ingles também são meio macabras, a minha favorita é: ladybug, ladybug fly away home, your house is on fire and your children are gone

Unknown disse...

Skskskksksksk Br hue... O significado não importa.. mas a lembrança da infância sim(olhando de fora-minha opinião). O Brasil não é para iniciantes.

Unknown disse...

Alguém canta: Nana neném que a cuca vem pegar, papai foi pra roça e a mamãe foi passear! O neném: pera aí, quem está canrmtando isso? papai na roça, mamãe passeando...quem é que me vai me socorrer???

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